Olá pessoal,
Quero registrar aqui os momentos finais da nossa viagem a Moçambique.
Depois de 20 dias trabalhando e tbm abençoando a vida do meus inesquecíveis moçambicanos, chega a hora da despedida. Eu ainda consigo lembrar do olhar do menininho mais especial de todos: o Paulinho. Ele franzio a testa e, eu podia “ouvir” dentro de mim a perguntar dele: estava acontecendo? Eu dei um abraço bem apertato, deixando com ele a possibilidade de vir ao Brasil e se tornar meu filho, mas para que isso acontecesse seria necessário orarmos a Deus e pedir Sua vontade. Lembro tbm de uma meninha apaixonante chamada Enya, ela gritava e chorava querendo meu colo, pois todos dias ao me ver ela corria e estendia os brançinhos pedindo colo. Literalmente ficamos “grudadas” no tempo em que estive ali, então não só para ela mas para mim tbm estava sendo muito difícil dar tchau não só a ela, mas a todos os irmãos pelo qual me apeguei. Eu já estava me sentindo parte daquele povo, parte daquela família que nos acolheram com tanta simplicidade, mas com um amor preciosissímo. Ao abrançar os irmãos na despedida, eu deixava um pouquinho de mim e levava comigo um pouquinho deles. É relevante tentar explicar a saudade que tenho daquele povo, pois nem eu mesma consigo entender, entretanto acredito que vem do maior dom que conhecemos: o amor de Deus, é só assim que eu consigo entender o porquê os amo tanto, o porquê tenho as vezes momentos de tanta saudade. As vezes quando eu estou olhando as fotos eu tenho vontade de estralhar os dedos e em uma fração de segundos estar lá com eles dançando e adorando a Deus. Assim como fomos recebidos com música, no momento de entrarmos na Van tbm ouvimos louvores, e mais uma vez (entre dezenas) chorei, chorei muito e vi muitos deles chorando tbm, principalmente aquela que foi minha mãe por 20 dias, a Miss. Alda, qtas lágrimas. Foi interessante essa despedida, porque ao mesmo tempo que parecia que nunca mais os verei, eu senti algo dentro de mim dizendo que voltarei àquele lugar, e eu creio nisso, em nome de Jesus.
Com relação ao Paulinho oramos a Deus e tbm conversamos com o Pr. Itamar, e juntos pudémos ver que esta não era a hora de Deus para nós. É claro que o nosso coração ficou entristecido, mas a vontade do Senhor é soberana e mais importante que a minha, além do que o Pr. Flávio e eu temos um compromisso de obedecê-lo em tudo, e todas as circunstâncias da vida.
Que este pequeno resumo da nossa viagem missionária tenha edificado sua vida e tbm tenha depertado o desejo de ser um missionário (a), nem que por alguns dias, assim como nós fomos.
Deus abençoe,
Pra. e Missionária Lilian… rsrsrs